Somos homens, mulheres e, enquanto tais, passamos por rituais de iniciação que nos inscrevem na cultura. Preconceitos e estereótipos vão sendo depositados em nós e ao nosso redor por diferentes sistemas sociais: família, escola, meio de comunicação, etc. A cada dia recebemos novas etiquetas que vão aderindo à nossa pele: "filhos", "adolescentes", "professores". O imposto de renda nos chama de " contribuintes", "inadimplentes", "sonegadores"... Para o Estado, somos a "população", os "eleitores". tornamo-nos "pais e mães" e, pouco a pouco, tornamo-nos "os velhos". Apesar de tantas identificações que recebemos, nos sentimos sempre uma mesma pessoa, porém diferente de todas as outras. Essa percepção que temos de nós mesmos é a base da nossa identidade.
Em primeiro lugar, quanto menos culto, esclarecido e capaz de pensamento autônomo, que o habilite para discernir entre a verdade e a mentira, entre o conhecimento e a sua instrumentalização política, tanto menos os cidadãos serão capazes de lhe desmascararem os sofismas.
Em segundo lugar, quanto maior a incultura, a desinstrução, a falta de escolas, o desdém pela leitura, a desmotivação dos professores, a indisciplina escolar, a repetência, o trabalho infantil, tanto maior será a reprodução e a manutenção do sistema.
Portanto, "convém "um povo tão fracamente instruído quão possível, para assegurar-se um público leitor proporcionalmente abundante na quantidade e crédulo na qualidade do seu convencimento. Por isto uma política educacional que engana aos incapazes de perceberem que são enganados e que os mantém no engano para mais e melhor os enganar.
Cada semestre é um novo desafio onde se pratica o jogo do saber. Muita coisa perpassa esse espaço de tempo, de ponta à ponta: alegrias, conflitos, expectativas, decepções, esperanças, avanços. Durante esse período temos que aprender a aprender e buscamos encontrar nas interdisciplinas, novos conhecimentos, novas informações, que venham calhar com aquilo que temos vontade de saber e que tornem cada vez mais nossa ação coerente com o discurso.
Essas são minhas expectativas para este semestre e pretendo atingí-las refletindo,dialogando, interpretando as informações, exercitando as aprendizagens em sala de aula, realizando a troca de conhecimentos, experiências e vivências com meus professores, tutores e colegas, pois somos todos aprendizes.
Eu sou um pouco de tudo!
Um pouco de força e de fraqueza...
de alegria e de tristeza...
Um pouco de simplicidade e de orgulho...
de silêncio e de barulho...
Um pouco de realidade e de ilusão...
de razão e de emoção...
Um pouco de exibição e timidez...
de loucura e lucidez...
e do muito que ainda quero ser!