SONETO DE FIDELIDADE
De tudo,ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face de maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal,posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
¨ Soneto - poema de quatorze versos dispostos em dois quartetos e dois tercetos.
"Os sonetos eram, para Vínicius de Moraes, uma via de acesso ao sublime, mesmo quando essa elevação se processava através da linguagem prosaica do cotidiano aparentemente banal."
(Comentário extraido da apresentação da obra Livros de Sonetos do autor.)
De tudo,ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face de maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal,posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
¨ Soneto - poema de quatorze versos dispostos em dois quartetos e dois tercetos.
"Os sonetos eram, para Vínicius de Moraes, uma via de acesso ao sublime, mesmo quando essa elevação se processava através da linguagem prosaica do cotidiano aparentemente banal."
(Comentário extraido da apresentação da obra Livros de Sonetos do autor.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário