domingo, 4 de outubro de 2009

"Faça o que eu digo e não faça o que eu faço!"

O curso de PEDAGOGIA vem me possibilitando um constante repensar da minha prática educativa, no que se refere a concepção, significação, clientela, metodologia, etc.mas também está me permitindo uma análise e reflexão sobre a prática dos professores formadores.
O processo de formação geralmente dá ênfase aos aspectos teóricos e pode-se perceber, por um lado, a intenção de se vivenciar um processo que visa facilitar a associação entre teoria e prática, favorecendo o diálogo com a sociedade, mas por outro, os professores formadores parecem desempenhar o papel de meros executores das políticas educacionais conteudistas.
Isso levou-me a pensar e questionar o modelo de formação docente a partir do ponto de vista concebido pelos alunos em formação, bem como a necessidade de um novo olhar sobre a ação pedagógica dos professores formadores, que a meu ver, despejam conteúdos sobre o professor-aluno,( metodologia típica do modelo tradicional de ensinar). Essa prática contradiz com o que vem sendo discutido e debatido recentemente nos fóruns e em atividades sobre a prática docente. Existe uma grande incoerência entre o que se pensa e o que se faz.

6 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Eunice. Que bom que conseguiste expressar uma opinião tua aqui no blog. Esse tema é propício para maiores discussões. Em que atividades percebe essa repetição? Podes explicar melhor porque pensas assim? Abraço, Anice.

Eunice Dalla Vecchia disse...

Oi Anice!
Não é em uma disciplina específica, essa percepção vem ao longo do curso e culminou quando olhei para o meu arquivo de polígrafos deste semestre que aliás, nem findou ainda.
Posso estar enganada mas senti uma certa ironia em seu comentário "conseguiste expressar uma opinião TUA aqui no Blog" Lamento desapontá-la, mas a opinião não é só minha, discutimos isso num trabalho em grupo. Mas minha intenção não é criar polêmica sobre o assunto. Apenas pensei que vc pudesse ter mencionado isso baseada na apresentação do meu PA, onde eu não manifestei minha opinião por ter ficado chateada com um colega que expressou opiniões não consensuais com as do grupo.Vc deve lembrar...estava presente.
Eunice

Ni disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Eunice!

A proposta do curso é levá-los a reverem práticas e pensarem em mudanças possíveis na sala de aula. Isso não é realizado sem tomadas de consciência das teorias que nos fundamentam e em leituras de outros teóricos para subsidiar a interpretação e compreensão do porquê de determinadas práticas. Assim, não podemos confundir "conteudismo" com leituras propostas. Na proposta "conteudista" vocês fariam provas para comprovarem que a leitura foi feita e compreendida, muitas vezes, baseando-se na memória. Se analisares as atividades propostas, e não somente os polígrafos, verás que elas exigem interação entre professores e colegas, levantamento de conhecimentos prévios, reflexão sobre dúvidas, observação do entorno, busca autônoma de informações, textos autorais, ou seja, a proposta é muito distante de uma proposta "conteudista".

Ao reler minha intervenção aqui no blog me dei conta de que coloquei o pronome "tua" depois do substantivo, sendo assim, te levei a interpretar minha colocação de uma forma que não pretendia.

Quis comentar que mesmo sendo um assunto difícil e polêmico, expressaste tua opinião e isto é positivo.

De maneira alguma pretendi ser irônica. Na comunicação que ocorre exclusivamente pela via escrita "estes ruídos" podem acontecer.

Esta postagem não tem relação alguma com teu silêncio, pois não cheguei a me dar conta dele no momento em que estava escrevendo para ti.

Abraço, Anice.

Eunice Dalla Vecchia disse...

Então tá..rsrsrs é que da forma como estava postado,parecia desconsiderar minhas outras postagens.
Bjs Eunice

Profa. Luciane Corte Real disse...

Queridas Eunice e Anice!
Esta postagem foi bastante interessante, pois desta maneira podemos começar esclarecer algumas questões que pelo jeito mais alunos estão fazendo "assimilação deformante" (piagetianamente falando) em relação ao que é conteudista e construtivista. Saliento o esclarecimento da Anice que refere que não é a quantidade de leituras que dirá ser conteudista ou não, mas a proposta de interação com as leituras (atividades). Estamos discutindo nos fóruns sobre "aprendizagem" que podem ser construídas propostas muito interessantes, mas o principal agente do processo é o próprio aluno.
Mas podemos ir um pouco mais adiante em nosso pensamento e baseada em experiências que tenho tanto na escola pública como privada digo que uma escola (ou curso) pode ter uma proposta construtivista... mas será que TODOS os professores conseguem ser construtivistas? Pois ser construtivista é uma mudança interna grande e um grande desafio. Logo diria que o desafio de sermos construtivista é de TODOS, proposta do curso, professores, tutores e alunos.
Espero poder ter contribuido um pouco para o pensamento...
Abraço profa. Luciane;