Realizei junto aos pais esta semana, por sugestão da professora Darli, uma enquete sobre a Avaliação escrita no primeiro ano do ensino fundamental de 9 anos. Sobre o que os pais pensam, a maioria apoia o procedimento pois acredita que a avaliação escrita é um instrumento que possibilita tomar conhecimento dos avanços e das dificuldades de aprendizagem do filho.
Sobre as reações comportamentais dos alunos, as mesmas se caracterizaram por sentimentos e emoções diversas, que geraram ansiedade, expectativa, e despertaram o senso de responsabilidade na criança.
Esses relatos me levaram a refletir sobre outros aspectos que influenciam a parte cognitiva do aluno. Nem sempre o aluno encontra-se emocionalmente estável para enfrentar o dia-a-dia escolar, e não encontra um contexto apropriado para expressar suas emoções, sendo este, um dos motivos de prejuízo em seu rendimento escolar, ou a causa de comportamentos inesperados. Tenho um aluno chamado J., ótimo em sala de aula, sociável, inteligente, participativo, realiza todas as atividades com interesse e empenho, mas tem dias que na hora do recreio ele se transforma num pequeno tirano, agredindo os colegas fisicamente.
Andei investigando a causa desse comportamento junto da avó que é quem traz o menino diariamente até a escola e soube que o menino foi rejeitado pelo pai desde o nascimento e foi criado pela mãe e a avó. As duas não se relacionam bem e o menino presencia discussões que beiram a agressão e quando isso acontece ele reage dessa forma na escola. A vó me relatou, sem saber o conteúdo que estou trabalhando (Família) que durante a semana ele questionou muito sobre o pai, quis saber onde ele estava, quem ele era e que casa mesmo apresentou um comportamento agressivo.
Segundo Elkin (1968), a socialização conta com alguns agentes, que são grupos ou ambientes que influenciam o indivíduo. São exemplos de grupos - família, escola, igreja, grupo de amigos - e de ambientes - meios de comunicação de massa. Os grupos contribuem com padrões que, possivelmente, sejam peculiares a eles próprios, como também produzem expectativas para os seus participantes.
Em um grupo como a escola, a criança tem direitos e obrigações formalizadas. Também na escola estão presentes a construção de regras, e as constantes abordagens sobre respeito e convivência.
Na hora em que acontece o fato, a gente questiona a eficácia dessas abordagens, e pensa numa punição que evite a reincidência, mas depois que se investiga as causas de determindados comportamentos, torna-se necessário repensar nosso modo de agir e, dentro do possível, utilizar outros mecanismos de repreensão que não estejam condicionados à heteronomia.
domingo, 30 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olá, Eunice:
A postagem está bem completa, pois trazes argumentos concretos que embasam tua fala.
Também relatas tuas aprendizagens, os caminhos que tem realizado para superar as questões do dia-a-dia e o respaldo teórico utilizado.
Grande abraço, Anice.
Postar um comentário