"Da definição do parágrafo precedente, conclui-se que a educação consiste numa socialização metódica das novas gerações. Em cada um de nós, já o vimos, pode-se dizer que existem dois seres. Um, constituído de todos os estados membros que não se relacionam senão conosco mesmo e com os acontecimentos de nossa vida pessoal; é o que se poderia chamar ser individual. O outro é um sistema de idéias, sentimentos e hábitos, que exprimem em nós, não a nossa personalidade, mas o grupo ou grupos diferentes de que fazemos parte; tais são as crenças religiosas, as crenças e práticas morais, as tradições nacionais ou profissionais, as opiniões coletivas de toda a espécie. Seu conjunto forma o ser social. Constituir esse ser social em cada um de nós tal é o fim da educação."
* DURKHEIN, Émile. Educação e sociologia.4 ed. trad. Lourenço Filho, São Paulo: Edições
Melhoramentos, 1955, p. 25-56.
Destaquei este trecho do texto de Durkhein porque ao definir a identidade como um dos eixos temáticos do meu estágio, o foco era o aluno e a constituição de sua identidade individual e grupal, possibilitando que o mesmo reconhecesse suas características pessoais e a do outro, bem como, se percebesse como uma pessoa que vivencia diferentes papéis sociais ( filho, irmão, colega, aluno...) e as normas inerentes a cada papel.
Durante a nossa existência, repleta de tensões e conflitos, precisamos sempre conjugar as normas sociais dos grupos aos quais pertencemos e dos papéis que exercemos com a nossa própria individualidade, criatividade e ousadia. Minha aprendizagem neste sentido, é de que a construção da identidade se dá nas interações sociais que o indivíduo estabelece nos diferentes grupos sociais dos quais participa ao longo da sua vida. Podemos dizer que esse é um processo inacabado, porque dependendo das experiências que vivemos, vamos incorporando novas facetas ao nosso jeito de ser.
domingo, 26 de setembro de 2010
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