terça-feira, 12 de maio de 2009
Reflitam sobre esta história, a fim de não cometerem este erro.
Vejam como uma simples indicação de lápis de cor, pode caracterizar-se como uma atitude de preconceito. Gostaria de contar-lhes a seguinte história: Quando meu filho ingressou na escola de educação infantil, chegou aqui em casa certo dia dizendo que queria ser 'cor de pele'. Gostaria de informar que somos negros. Meu marido é branco. Nosso filho, mestiço. Não conseguimos entender o desejo dele, pois ele já era cor de pele - foi o que respondi. 'Filho, você é cor de pele. Cor de pele negra'. Esse tema rondou a casa por semanas até que um dia fui à escola descobrir o que estava havendo. E, para minha surpresa, o fato era uma mistura de incompetência para a diversidade brasileira vinda da própria professora e, muito fortemente, saída também da Faber-Castell, que tem na sua caixa de lápis de 36 cores uma cor chamada PELE. Que cor é essa? Um salmão, rosa-claro, rosinha a que o fabricante denomina PELE. Pele de quem, me pergunto? Pele branca, é claro. Não seria legítimo em um país de maioria negra que houvesse também uma cor na caixa de lápis para quem não tem pele branca? Ressalto que, sim, embora as estatísticas camuflem esse dado, o Brasil é um país de maioria negra. E posso informar bibliografia consistente sobre o assunto, se necessário. Ou insiram uma nova cor, que contemple a pele negra, ou mudem o nome dessa, por favor. Meu filho está com sete anos agora e já faz tempo que sabe que 'marronzinho' é a cor usada para representá-lo, como ele mesmo dizia. Mas entendeu nesse exato momento em que quis ser 'cor de pele' que vocês o submeteram a um preconceito disfarçado. Camuflado em uma caixa de lápis que vemos nas propagandas cantantes, coloridas, sorridentes da marca.
Denise C.
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5 comentários:
Olá, Eunice: Pois é.. este tema do preconceito é muito polêmico, delicado e dá margem a muitas discussões. Achei bem pertinente tu teres colocado aqui no teu diário de bordo, pois comenta algo para podemos pensar, não é mesmo? Abraço, Anice.
Eunice: por onde andas? Estamos sentindo tua falta aqui no blog!!! Escreva!!! Abração, Anice.
Eunice: segues sumida. O final da recuperação está chegando e está ausente ainda. Por favor, entre em contato conosco para sabermos o que está acontecendo. Abraço, Anice.
Eunice: o semestre se inicia e esperamos novas postagens, ok? Qualquer coisa, estou aqui, Abraço, tutora Anice.
Olá, Eunice: lembre-se que a postagem ocorre semanalmente. Já estamos na segunda semana, logo, esperamos até o momento duas postagens tuas. Não vamos acumular para não perder a riqueza do processo. Abraço, Anice.
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