domingo, 26 de setembro de 2010

Informática Educativa no Brasil

Maria Candida Moraes foi coordenadora geral do PROINFO/MEC em abril de 1997.
O ProInfo é um programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica. O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.http://portal.mec.gov.br
É dela também a fala a seguir:
"Apesar de existir uma política de informatização da educação brasileira concebida sistemicamente, preocupada com questões relacionadas à contextualização dos projetos e atividades, prevendo conexões e possibilidades de integração entre os vários subsistemas, envolvendo ações de cooperação técnica e o reconhecimento internacional, na prática, tudo isto não garantiu uma adequada operacionalização do Programa".
Coincidentemente, estou abordando este mesmo tema em meu TCC.
O Proinfo, fez com que, de um modo geral,os computadores entrassem nas escolas, mas não garantiu,apesar do discurso inclusivo, o acesso a essa tecnologia.
Ao que se pode perceber, nem sempre as políticas públicas implementadas atingem as metas estabelecidas na sua concepção. Esta segunda fala da autora tenta, em minha opinião, justificar uma das causas do insucesso do programa.
"Uma boa teoria, muita vezes, fracassa na prática e que nem sempre o que funciona, na prática, para uns, funciona igualmente para outros. Da mesma forma, o que é bom para um país pode não ser adequado para o outro. O mesmo ocorre para um estado, região, município, ou mesmo, para uma escola. Daí a importância e necessidade dos projetos serem contextualizados, especialmente no que se refere à capacitação de professores"
Em minha experiência de inclusão digital com os alunos do primeiro ano durante o estágio, pude perceber na prática uma série de outros problemas. Minha escola recebeu computadores que permaneceram nas caixas por uns quatro anos, mais ou menos, pois a escola não possuia recursos financeiras para a montagem de redes que viabilizassem acesso à internet, colocação de mobiliário adequado, manutenção, etc. Diante dessa precarização, há ainda o fato de o número de computadores ser inferior ao número de alunos, numa proporção acentuada.
Evidentemente, alguém deixou de cumprir o seu papel, talvez o estado, mas não tenho como afirmar isso sem pesquisar... A única coisa que posso afirmar é que resta à escola e aos professores, organizar movimentos e encontrar alternativas para utilizar esses poucos computadores existentes, em prol da inclusão digital e consequentemente, da inclusão social.

2 comentários:

Eunice Dalla Vecchia disse...

Profª Geny, fiz duas postagens hoje porque não havia feito a da semana anterior.
Beijos

Geny disse...

Querida Eunice!

No inicio da minha jornada na UFRGS, trabalhei com ProInfo, depois nos foi recomendado o ROODA que é a Plataforma oficial da UFRGS, realmente o ProInfo é uma plataforma Gov/MEC, é verdade que não garantiu o acesso a Tecnologia nas escolas.
O que nos resta é torcer para que o Governo disponibilize condições para informatização das nossas escolas.

Obrigada por sua postagem!

Um carinhoso abraço,

Geny