quinta-feira, 12 de junho de 2008

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

A teoria das inteligências múltiplas teve sua origem em um estudo sobre o desempenho profissional de pessoas que haviam sido consideradas alunos "fracos" na avaliação escolar. Os pesquisadores que haviam efetuado o acompanhamento se surpreenderam com o sucesso obtido por várias dessas pessoas.
mediante essa constatação, o pesquisador e psicólogo Howard Gardner passou a questionar a avaliação escolar, cujos critérios não levam em consideraçãoa análise de capacidades e competências de fundamental importância na vida das pessoas.
Gardner concluiu que a avaliação, em seus moldes convencionais, traduz apenas a concepção de inteligência vigente na escola, que valoriza somente as lógico-matemática e linguística. Ele demonstrou que existem ainda outras competências, frutos de processos mentais, e que não há motivos pra diferenciá-las do que geralmente se considera inteligência.
Sete tipos de inteligência foram identificados pelo pesquisador, que não considera esse número definitivo. São as inteligências:

.Lógico-matemática
É a competência intelectual que determina a habilidade para o raciocínio dedutivo, a facilidade para o cálculo, a capacidade de solucionar problemas envolvendo números e outros elementos matemáticos.

.Linguística
Trata-se da capacidade de processar rapidamente mensagens linguísticas, de lidar criativamente com as palavras e de dar sentido claro às mensagens.

.Musical
É a capacidade de identificar e organizar sons de maneira criativa, a partir da discriminação de tons, timbres, melodias, ritmos, frequências, etc.

.Espacial
Trata-se da capacidade de identificar formas e objetos, de efetuar transformações sobre as percepções, de estabelecer um modelo mental de uma situação espacial e de utilizar esse modelo para orientar-se entre os objetos.

.Corporal-cinestésica
É a inteligência que permite a uma pessoa utilizar o próprio corpo de forma diferenciada e hábil para propósitos expressivos. Engloba tanto autocontrole corporal quanto a destreza na manipulação de objetos.

.Interpessoal
É a capacidade de entender e compreender as pessoas, percebendo suas motivações e sabendo como satisfazer suas expectativas.

.Intrapessoal
É a capacidade de autoconhecimento, auto-estima, automotivação e da formação de um modelo coerente de si mesmo, de modo a possibilitar um nexo pessoal e social.

Hoje em dia já são consideradas mais duas competências intelectuais:

.Pictórica
É a capacidade de reproduzir objetos e situações reais ou mentais por meio de desenhos.

.Naturalista
É a capacidade de indentificação e compreensão da linguagem do mundo natural e a sensibilidade diante das paisagens, humanizadas ou não, e entender diferenças entre os diversos tipos de plantas e animais.

É importante destacar que sempre envolvemos e combinamos mais de uma inteligência na solução de problemas, embora existam predominâncias. Na verdade, as inteligência se integram. E é exatamente aí que podemos explorar uma competência em benefício da outra.
No que diz respeito à avaliação, devemos ter em mente que ela é um instrumento extremamente importante para o reconhecimento das habilidades e capacidades de nossos alunos. Diagnosticadas tais competências, encontraremos maior facilidade em planejar as estratégias para a ação educativa. Na avaliação contínua é imprescindível que consideremos os múltiplos desempenhos ao longo dos trabalhos, afinal é nossa obrigação contribuir para a formação global e harmônica dos nossos alunos.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O papel do professor

(...) ensiná-los a pensar, mais do que somente a memorizar; ensiná-los a questionar o mundo, mais do que aceitá-lo passivamente; ensiná-los a criticar a ciência, mais do que somente sabê-la de cor; ensiná-los a descobrir por si mesmos, mais do que aceitar tudo que lhes seja oferecido...
Educar é viver as perplexidades das mutações, conviver honradamente com as angústias e incertezas, ir dormir cravado de dúvidas, mas ter a sensibilidade de distinguir o que muda do que é apenas efêmero, o que é permanente do que é reacionário.
É dormir assim e acordar renovado pelo trabalho interior; é poder devolver segurança, fé, confiança, formas éticas de comportamento, o verdadeiro sentido de independência e liberdade, e cumprir os deveres sociais consigo mesmo e com o próximo, aprendendo a fazer a parte que lhe cabe no esforço comum.