sábado, 27 de março de 2010

Atitudes

Cada vez mais frequentemente, adentram em nossas salas de aula, crianças que apresentam pouco autocontrole, egoísmo exacerbado, intolerância à frustração, agressividade e uma tendência excessiva à manipulação.
Segundo a psicóloga Alicia Banderas, especializada em psicologia educativa, os pais se impõem empecilhos, como a culpa, para não exercer a autoridade, em muitos casos por causa da dificuldade de conciliar trabalho e família."Não veem os filhos durante o dia todo e, quando voltam para casa, fica muito difícil impor limites e acabam evitando isso, querendo assim compensar a ausência".
Como professora de primeira série e primeiro ano há alguns anos, percebo que os pais fazem concessões além do necessário e algumas crianças têm seus desejos atendidos como se fossem ordens. Quando contrariados, agridem os os pais, se jogam no chão e gritam sem qualquer cerimônia. Os pais, impotentes diante das atitudes do filho, começam então a "negociação". Nessa negociação não se ouve dizer: "Fulaninho, não faça isso porque é errado!"Em vez disso ouvimos: " Se você continuar a fazer assim, não vai ganhar aquele brinquedo que tanto quer!" Pronto! foram pronunciadas as palavras mágicas. No entanto, essas são pequenas batalhas perdidas que, tempo depois, se repetem na sala de aula. Quando a criança não têm seus caprichos atendidos pelos colegas ou pelo professor, começa a apresentar as atitudes descritas no ínicio desse texto.
Então, cabe a nós professores, encontrar a solução para o problema, ou seja, fazer também a parte dos pais: Ensinar conceitos de comportamento social, cidadania, conceito de certo errado, impor regras e limites para "detê-los".
Achei interessante abordar esse assunto porque estou vivendo essa realidade em minha escola, e isso me preocupou num primeiro momento, por causa do estágio. Depois, num segundo momento serviu como norteador do mesmo. Pretendo desenvolver um projeto com a turma abordando esse tema: Comportamento.