sábado, 4 de dezembro de 2010

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

Como encerraram-se os eixos das interdisciplinas e estamos em fase de conclusão dos TCCs, e beirando o temido workshop final, expresso aqui a minha impressão sobre esta experiência de elaborar um trabalho de conclusão.
As emoções são parte indissociável deste trabalho. Aborrecimento, ansiedade, preocupação, frustração, são alguns dos sentimentos que me acompanharam durante o processo. Muitas vezes me senti oprimida diante das dificuldades e pensei em desistir, mas só pensei...
A construção do trabalho não é simplesmente uma atividade técnica, que se pode elaborar sem muita reflexão, sem uma ampla pesquisa, e também não é uma ação desprovida de comunicação, pois mais solitária que a tarefa possa parecer, pelo contrário, opiniões e incentivos são fundamentais nesse momento.
Devia existir o "Grupo de Apoio aos Formandos em Situação de Stress" para atender acadêmicos, nos semestres finais do Curso de Graduação que apresentam dificuldades em virtude das exigências nesta etapa de sua formação. Talvez nos cursos presenciais, os alunos não "sofram" tanto, pois creio que possam socializar as dificuldades, bem como, refletir coletivamente e buscar encaminhamento para minimizar as dificuldades encontradas, em vez de passarem pela angustiante espera de uma resposta via e-mail como no caso dos alunos da EAD.
Ter o professor orientador ao alcance da mão e da voz, é uma necessidade que decorre do próprio sentido da atividade, e da constatação de que uma boa construção reside em grande medida no encontro, na comunicação, na cumplicidade, nas idéias compartilhadas.
Ao final, ouso dizer que estou satisfeita como autora, e que as dificuldades que encontrei, as buscas e as indagações que tive, as trocas e os ajustamentos que fiz durante o processo de construção do TCC, me propiciaram uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional ímpar e a coragem de assumir que somos tão aprendizes quanto nossos alunos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Escola Cultura e Sociedade

* Postagem referente a semana de 04a 10/10

A PALAVRA educação tem sido muitas vezes empregada em sentido demasiadamente amplo, para designar o conjunto de influências que, sobre nossa inteligência ou sobre a nossa vontade, exercem os outros homens, ou, em seu conjunto, realiza a natureza. Ela compreende, diz Stuart MILL, "tudo aquilo que fazemos por nós mesmos, e tudo aquilo que os outros intentam fazer com o fim de aproximar-nos da perfeição de nossa natureza".
A partir dessa frase, repensei minha trajetória pessoal e profissional. Nela estão incluídas desde minhas escolhas mais práticas e cotidianas até minhas opções mais íntimas. Vários caminhos foram trilhados em diálogos com idéias, interesses, vivências, curiosidades, até a construção da pessoa que sou momentaneamente, pois ainda estou em processo de mudança, buscando aperfeiçoamento. A meu ver, a diferença e a semelhança entre pessoas são definidas pela educação e pela cultura que cada um tem.
Atualmente, entendo que educação é tudo o que auxilia a pessoa a desenvolver suas potencialidades, não apenas as cognitivas ou intelectuais, mas também as afetivas, artísticas, espirituais, os valores, o corpo, etc. Acredito que a educação deva perseguir todas essas dimensões para transformar a escola num espaço de efetiva aprendizagem, pois esta tem como papel fundamental a conscientização do homem para o exercício perfeito da cidadania e qualificação profissional.
Quando se fala em educação, fala-se em vida. E vida a qual nos referimos não é o simples fato de se mover, andar, comer e trabalhar, todavia, é sermos valorizados como homem e como pessoa, no respeito aos nossos sentimentos, direitos civis e jurídicos para preservação de nossa dignidade.

ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS

*Postagem de Recuperação referente ao dia 22 a 28/11
Quando ouvi em meu curso a expressão “arquiteturas pedagógicas” (AP) não tinha a mínima noção do que se tratava, e ter que desenvolver durante meu estágio de docência uma arquitetura pedagógica, me pareceu um grande desafio.
Primeiramente, precisei saber do que se tratava. Um dos textos disponibilizados pela interdisciplina "Seminário Integrador" trazia a seguinte definição:
Arquiteturas pedagógicas podem ser compreendidas como “estruturas de aprendizagem realizadas a partir da confluência de diferentes componentes: abordagem pedagógica, software, Internet, inteligência artificial, educação a distância, concepção de tempo e espaço”. Ou seja, são combinados os recursos tecnológicos com a visão pedagógica, sendo esta conjunção o elemento que fundamenta a AP.Carvalho, Nevado e Menezes (2007, p.39), Para esses autores pressupõe-se que as APs são viabilizadas pela convergência entre os paradigmas epistemológicos e as estratégias pedagógicas, acolhendo, assim, uma possibilidade de releitura dessas, demonstrando-se, mais receptivas à aprendizagem.
Assim, a construção das arquiteturas pedagógicas pode ser metaforicamente relacionada a uma atividade artesanal, onde será tecida uma rede de relações entre as experiências vivenciadas pelos sujeitos e a reflexão sobre diferentes fatos e objetos relacionados com o meio de atuação em estudo. Este processo, entretanto, necessita de propostas pedagógicas abertas a uma abordagem didática flexível e adaptável aos mais diversos enfoques temáticos (Carvalho et al., 2005).
Depois de compreender do que se tratava, planejei minha arquitetura pedagógica com a intenção de democratizar o acesso ao conhecimento, acelerar e promover o desenvolvimento, principalmente para aqueles que nunca manusearam um computador. O principal foco das ações foi a inserção digital dos meus alunos do primeiro ano possibilitando-lhes conhecer algumas tecnologias, que vêm se tornando ferramentas importantes na busca e no registro das informações e nas relações destas com a aprendizagem, pois quanto mais diversificados os recursos didáticos no processo de ensino, maiores as possibilidades de torná-lo atraente, prazeroso e, consequentemente mais eficiente.
Essa ação foi permeada por muitas aprendizagens, tantas que desenvolvi meu trabalho de conclusão de curso (TCC) sobre a inserção digital através da escola. Isso me propiciou observar, rever e avaliar as atuais estruturas dos ambientes educacionais para posteriormente explorar as possibilidades que as tecnologias nos oferecem.