quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Didática, Planejamento e Avaliação

Nesta semana em que estou um pouco afastada do TCC, venho refletindo sobre a pertinência das teorias sobre alfabetização. Pergunto-me sobre o que mudou na minha prática depois da formação? O que tem sido mais significativo em minha prática pedagógica?... e está muito claro que é o processo de construção dos alunos no que tange a alfabetização. Antes minha prática era mais voltada para a transmissão de conhecimentos, minhas aulas eram descontextualizadas, porém, criativas o que considero um ponto positivo. Oferecia sempre novidades aos meus alunos, mas não deixava eles construírem o conhecimento.
Considero que foi fundamental conhecer as teorias que dão significado as propostas da alfabetização, e para tal fez-se necessárias muitas leituras, estudos e pesquisas para que pudesse ter clareza sobre como se dá o processo de alfabetização, com ênfase especial, em como os alunos aprendem, e que hipóteses permeiam suas aprendizagens. Sem tais noções, seria impossível construir uma prática pedagógica que auxilie no desenvolvimento da alfabetização.
A alfabetização a que me refiro, entendo por uma construção da leitura e da escrita atrelada ao letramento, pois a codificação e decodificação são importantes para a compreensão lingüística e o letramento para que os alunos possam construir com propriedade a leitura de mundo, onde se complementam compreender o uso da língua e sua função social.
No que tange a alfabetização, posso afirmar que se trata de algo complexo, que requer muita observação, intervenção do professor, para que os alunos possam usufruir daquilo de que de fato precisa para se desenvolverem, o espaço da sala de aula deve ser rico de portadores de textos, de gêneros literários, de experiências, de confrontos, de trocas, enfim... É uma série de elementos a serem contemplados para que haja sucesso na proposta de alfabetizar. Além de tudo que considero importante no processo de alfabetização, não posso deixar de fora os processos internos dos alunos, que muitas vezes vão além do que é propiciado, requer muito mais, um olhar mais focado, sensibilidade, flexibilidade, compreensão, paciência, entendimento, ousadia, etc. Estes requisitos exigem bastante do professor, da prática pedagógica desenvolvida em sala de aula, e talvez, sejam eles os responsáveis por tamanha resistência por parte dos professores da escola em que trabalho, em assumir a alfabetização, visto que, o próprio professor acaba sendo avaliado segundo as conquistas ou fracassos dos alunos.
Alfabetizar é sempre um desafio, e para mim, um desafio apaixonante.

Um comentário:

Geny disse...

Querida aluna Eunice!

Em primeiro lugar parabenizo pela paixão de alfabetizadora consciente!
Foi uma mudança significativa, quando mudamos nosso perfil de Educadora atualizada, sempre vamos encontrar resistência com aqueles acomodados, que se satisfaz com seus métodos ultrapassados.

Obrigada por sua postagem!

Um carinhoso abraço,

Geny